segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Dance esta valsa por mim
Dada melodia que soa sem fim
Da noite da festa ao amanhecer por vir
Do álcool que bebi e há de me consumir

Baila calma e suave
Tal corpo leve e perene
Tal sorriso aberto que sente
Tais nuances sutis que pertence

Caia em meus braços por si
Te guiarei por sonhos em mim
Aos cantos quentes em tal jardim
Para viver sabores reais junto a ti

Entregue-se por completa
Total, repleta de choro e sorriso
Consumida em gozo e vinho
Fruto do qual saciarei divino

Dá-me sabor, prazer
Vívido sentir em te ter
Dou-te amor se quer saber
Mesmo por leviandade apenas por ser

E acabe
Acabe por não ter história
Pois te ter sem memória
É ter vida sem glória

Dance
Dance a vida como nunca dançou
Faça da valsa a mais bela arte
Pois é a única que restou

Tal parte da vida que lançou
Bossa que se foi e não volta
Faça como se fosse não mais dar nota
À música que ali terminou

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Não estou no clima natalino, festas de final de ano. Para alguns pode até ser um pensamento depressivo de minha parte, para outros simplesmente a "correria" que alguns adoram se esconder para justificar algo. No meu caso nem um nem outro. Trata-se apenas de uma realidade, uma visão bem pessoal de uma realidade.

No trabalho, entre os amigos, na família, nas pessoas em geral eu não vejo mais aquele brilho no olhar que aparecia na época de Natal. Aquela música do John Lennon não me toca mais o coração quando escuto ela passeando casualmente no shopping Morumbi. Eu cheguei a reparar isso no ano passado também, porém era menos intenso. Hoje a sensação que tenho é que as pessoas estão caindo mais em si com relação às pitadas de hipocrisia que dominam os finais de ano.

Votos de final de ano? Sim, claro, sempre tenho e sempre terei, porém não necessariamente dessa forma. Não desejo que 2009 seja um ano repleto de conquistas, felicidades, amores e dinheiro. Muito menos desejo que o espírito do menino Jesus transborde em seu peito e que você seja uma pessoa mais completa. Tampouco vou desejar paz e felicidade para todos.

Se quer paz, crie, busque. Não adianta desejar paz ao resto do mundo se no dia 28 de dezembro ou logo depois você vai agredir verbalmente alguém no trânsito que simplesmente entrou na sua frente sem dar seta. Se quer felicidade, sorria, chore, mesmo quando você estiver defronte a todos os seus amigos e precisar chorar porque conquistou algo, ou mesmo que uma lembrança simples te dê vontade de chorar. Se quer dinheiro, lute, trabalhe, conquiste. Sei que muitas vezes a vida nos põe alguns revés, mas são alguns desafios que precisamos passar. Necessários... Se não gosta do que faz, procure algo novo e desafiador ao seu contento e volte a ser pleno.

Se quer amor, ame, mostre. Nunca diga que ama se ainda houver dúvidas, não conquiste pelo simples prazer de conquistar e nunca, em hipótese alguma, NUNCA ache que seu sentimento é maior que o dos outros. Seja com amigos, com a esposa ou com alguém novo. São, no máximo, sentimentos diferentes, e entender isso é respeitar. Respeito.

Enfim, o meu desejo é que façam. Que vivam, que sejam verdadeiros e plenos, sem as tais pitadas de hipocrisia que tomam o mundo no final do ano para depois virar o calendário e tudo aquilo "ficar no ano passado". E claro, não para 2009, mas para amanhã. Por enquanto, o amanhã já nos basta: é o futuro mais próximo que temos.


De toda minha alma, a cada um de vocês, amanhã e sempre.

sábado, 29 de novembro de 2008

Meu carro é minha segunda casa. Nele guardo quase tudo que eu tenho no meu quarto: roupas, CDs, às vezes livros, DVDs, às vezes alguns maços de cigarro, um pequeno travesseiro para emergências. Guardo sob o teto solar as mesmas estrelas que vejo do 4o. andar do meu prédio, e com elas os pensamentos que constantemente me acompanham pelas marginais, Santo Amaro, Moema, Pinheiros, Imigrantes, Interlagos...
Assim como minha cama, meu carro guarda meus segredos, meus choros e meus contentos. Nele não fiz amor, mas obviamente amei muito, assim como não derramei sangue mas já desejei o ódio (mesmo que por rápidos instantes de segundos). Assim como na minha estante, já escrevi conto, poesia e recados mil dentro do meu carro, ora com cerveja, ora com cigarro e sempre com música: a minha trilha sonora toca incansavelmente quando estou na minha segunda casa, rodando entre outras casas, avenidas, bares e esquinas. É minha casa dinâmica, mesmo estando sentado ou deitado estou no mundo, perto de tudo e praticamente de todos que eu quero estar. Bem perto de mim mesmo, às vezes.

O futuro se chama "talvez", o importante é não deixar que isso o assute - Tennessee Williams

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Saio ensaiado, vaiado enquanto caio
depois do passo dado, traio o acaso
Caço o rechaço rasgado no rosto
estampado com o erro crasso guardado no bolso
Castro o desejo com orgasmo lascivo
e vívido o corpo dado espaço
Arranco toque de sentir
Sinto e saio ao reagir
rio e me esbaldo ao prosseguir
e caio, novamente, vaiado ao ruir.
Abraço o próximo e está de bom grado
Me agrado e não mais ao lado
pois é escasso esse agrado
Tenho eu que me dar esse trato
Pois aos lados, o agrado foi descasado.
Destrato.
Fato.
Consumado.

sábado, 22 de novembro de 2008

É incrível como olhos dizem absurdos. É incrível como eu mesmo não consigo enxergar muitas vezes as verdades que os olhos dizem, minha mescla de uma esperança com ingenuidade. E os olhos sempre continuarão a dizer mais do que eu posso interpretar. Graças a Deus: acho que hoje consigo não dar tanto valor à palavras e mais aos olhares, ao toque, às ações. Inclusive as minhas, palavras ditas tantas vezes e claro, tantas quantas sustentadas pelas minhas ações. Eram sinceras em todas as ocasiões, com todas elas.
Não digo que não dói. Meus olhos não me deixam mentir mesmo que fosse meu desejo mais profundo. Mas essa verdade cravada também leva a certeza de que a dor é mais um passo para a evolução e somente os burros não aprendem com isso: seja a nossa dor ou a alheia.
Peço desculpas aos outros blogueiros do Cafeína, não costumo fazer isso mas eu tenho realmente que colocar esta letra. E para os curiosos de plantão, eu não faço menção alguma à minha pessoa. Quem tiver olhos sábios e abertos, saberá.

Waitin', watchin' the clock: it's four o'clock, it's got to stop
Tell him, take no more, she practices her speech
As he opens the door, she rolls over...
pretends to sleep as he looks her over...

She lies and says she's in love with him, can't find a better man.
She dreams in color, she dreams in red, can't find a better man.
Can't find a better man!

Talkin' to herself, there's no one else who needs to know; she tells herself..
Memories back when she was bold and strong
And waiting for the world to come along...
Swears she knew it, now she swears he's gone
She lies and says she's in love with him, can't find a better man
She dreams in color, she dreams in red, can't find a better man
She lies and says she still loves him, can't find a better man
She dreams in color, she dreams in red, can't find a better man
Can't find a better man!

She loved him, she don't want to leave this way
She needs him, that's why she'll be back again
Can't find a better man!



Abramos nossos olhos, todos, todos nós. É a coisa mais sensata a se fazer neste momento.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Gente. Não adianta!
Você pode varrer as sujeiras pra debaixo do tapete.
Você pode embolar tudo e fechar o armário. Mas peraí. Você vai agüentar a bagunça da sua vida até quando?
Você vai fingir que está tudo em ordem pra quê?
Pra inglês ver? Ah, dá um tempo. Eu não sou inglesa.
Eu não vou abrir a porta e ver você se desmoronar.
Por isso, um conselho: limpe sua sujeira. Limpe suas feridas. Limpe sua alma.
Faz uma faxina nesse coração. E - preste atenção - faz isso logo. Porque dá rato.

Eu comecei minha faxina algumas semanas atrás.
Tudo o que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas) eu coloquei dentro de uma caixa e joguei fora.
Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade.
A ordem é desocupar lugares, filtrar emoções e fazer Feng-shui na alma.

domingo, 2 de novembro de 2008

Uma vez me perguntaram "homens falam que gostam assim, facilmente?". Eu não soube exatamente a resposta mas me fez parar para pensar. E mulheres, falam que gostam assim, facilmente? E os casados, os pais, os amigos... falam que gostam assim?

Ninguém na verdade fala assim, facilmente. Comumente colocamos as palavras à frente dos nossos reais sentimentos, verbalizando aquilo que estamos pensando e não o que realmente estamos sentindo. E tão comumente quanto, nós demonstramos nosso real sentimento com o toque, com o olhar... Ah o abraço: quantas vezes você foi abraçado por alguém e aquilo valeu mais que todas as palavras ditas durante uma vida inteira?
Aqueles olhares trocados significaram tanto para mim que hoje mudo minha crença pueril nas palavras e me volto para as atitudes. Aquela crença vinha sempre associada a um caráter somado à grande possibilidade das ações completarem tais palavras, porém muitas vezes isso não acontecia. Fui refém de minhas próprias palavras e alguma falta de ação, resultando em sofrimento alheio. Erro crasso: se os políticos abusam da palavra fácil sem ações, porquê confiar tão cegamente?

É fácil meu amigo, é fácil. É fácil dizer, escrever, desenhar coisas quando simplesmente se quer deixar um registro, mas se torna difícil quando nosso corpo não acompanha tal registro recém-publicado e este diz completamente o contrário. É fácil apontar o dedo e dizer "foi você" quando esse mesmo dedo treme de pavor em ser descoberto, assim como é fácil afirmar "está tudo bem" quando nossos olhos marejados se preparam para desabar ao primeiro movimento de esconder o rosto.

Eu passei a gostar de novo de você naquela noite. Saindo do hospital o chão já não era mais uma base e eu caminhava lentamente sem saber o que sustentava meus passos. Gostaria muito que estivesse chovendo para que eu pudesse sentir minha pele contra as gotas, mas não: fazia um calor propício para uma noite com amigos e eu só queria a chuva fria. Chave na porta, luz do teto, senta no banco e fecha a porta. O alarme do carro tocou me fazendo acordar para a realidade e chorar por ter redescoberto ela, e quinze minutos mais tarde veio o segurança dizendo por favor para que eu desligasse o alarme. Eram 02:32 da manhã.
Eu realmente não me lembro como cheguei no meu apartamento... o que lembro? Bem, lembro que quando desliguei o carro, já estacionado, não consegui me controlar e chorei novamente como que tentando extirpar aquela dor só com lágrimas. E você de repente (não sei da onde) entrou no banco do passageiro e me fez pausar o choro instantaneamente. Me encarava com olhos fortes e seguros e ao me tocar e puxar para seu abraço desfez aquela pausa, deixando seu corpo meu travesseiro. E calmamente eu sentia sua mão desembaraçando meu cabelo e sua respiração tentando controlar a minha... e conseguindo.
Com muita força você conseguiu me tirar do carro e me levou no colo até o apartamento. É, eu tinha pegado de volta as chaves que você tinha mas você sempre soube tanto de mim que até do lugar escondido da minha bolsa a chave pulava para sua mão facilmente: você sempre soube tanto de mim. E em nenhum momento sua boca tocou a minha. Mas eu sabia que tudo o que nós tínhamos feito de mal um para o outro estava morrendo ali, junto com meu pai. E hoje você tem de novo a chave do apartamento.


Se alguém me perguntar se homens falam facilmente que gostam eu vou responder com convicção: falam com o silêncio mais óbvio.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Existe uma linha tênue entre a sanidade e a loucura. Costumava dizer antes que quando alguém diz que está ficando louco é que ainda possui consciência suficiente para discernir isso. Portanto, não estava louco.
Mas e quando nos encontramos cara a cara com essa tal linha? E quando lutamos contra nós mesmos, aos prantos, para não perder o último resquício de controle e duramos mais alguns minutos caminhando ou dirigindo até encontrar um canto seguro e finalmente desabar? É auto-controle? É desespero? Ou é o limiar da sanidade a ser perdida?

Perder o controle é mais fácil do que parece. E quando aparece, você às vezes nota que está bem atrasado na hora de retomá-lo. Ele começou de leve, com um incômodo aqui e ali e passado algum tempo você percebe aquela angústia quase que permanente, não te deixando raciocinar, dormir ou encarar outras pessoas nos olhos. Perder a sanidade, mesmo que em surtos, é de repente você se entrar em coma durante alguns segundos no meio do caminhar para seu dia-a-dia. É errar o trajeto viciado para sua casa e começar a temer, tremer enquanto dirige. É ter medo de dormir no escuro quando está sozinho. Criança quando tem medo do escuro é louca, sua mente lúdica cria peças, fantasia, imagina, fazendo o pequenino delirar. Mas e quando sua mente não é mais tão lúdica e você dia após noite luta contra suas fantasias?

Poderia afirmar que hoje é fashion dizer que está louco: o mundo em crise, o trânsito caótico, bi-polaridade alheia, sequestro do amor, rasgar dinheiro... "Depressão, a doença do século XXI", diz a imprensa (especializada ou não). Tudo um grande monte de merda. Já vi gente louca algumas boas vezes, de perto e de longe: elas não falam que são loucas, elas agem. E isso vem bem antes do século virar.

A loucura está em nossas cabeças esperando para acordar...

domingo, 26 de outubro de 2008

inconsciência de mim...

Bom, não sou uma pessoa de falar muito de mim… Mas visto que todos conhecem apenas a máscara do Zo ou do Piruca venho aqui explanar um pouco do Fabio, que na verdade é a essência por trás desses 2 personagens popularmente conhecidos… Bom, primeiro o Fabio gostaria de deixar registrado aqui que por mais que não pareça ele é uma pessoa fechada, não gosta muito de falar de si, dos seus anseios, das suas vontades, dos seus sonhos, medos e angústias… Sim, ele é divertido, gosta de contar piadas, de falar merdas, mas isso não quer dizer que ele não seja sério e responsável… Adora ajudar as pessoas, mas não se sente a vontade de ser ajudado, prefere aprender sozinho ou tirar suas próprias conclusões… Jamais fala o que as pessoas querem ouvir e sim o que elas tem que ouvir… Prefere ser imparcial e ouvir os dois lados antes de opinar, e prefere que a pessoa conclua sozinha antes da sua opinião, porque por mais importante que seja sabe que ela é irrelevante, porque cada um sabe muito bem o que quer pensar e fazer… É introvertido e extrovertido ao mesmo tempo, gosta de ser sociável mas necessita de um tempo para si… Gosta de sofrer sozinho… Acha o silêncio uma das dádivas do grande espírito, e muitas vezes prefere calar do que jogar para o universo algo inconsistente… Não gosta de brigas e discórdias, preferem que as pessoas se resolvam do que fique aquele clima insuportável… Não consegue ficar mal com as pessoas… Adora ser exigido mas odeia ser cobrado, quando pressionado sempre espana… Superou quase inteiro seu complexo de inferioridade… É frustrado por não ter disciplina principalmete para tocar guitarra e fazer kung-fu.. É apaixonado por ocultismo e teosofia, e medita sempre que possível… Não acredita em paixão e acha que o amor é uma construção… É paradoxal, mas se apaixona e se desapaioxona 3 vezes por noite… Se ve alguma mulher que lhe interessa com outro desencana na hora… Não gosta de mulheres comprometidas… Não tem paciência para dramas… Acha joguinhos ridículos… Não suporta meninas, prefere as mulheres que são maduras, inteligentes, decididas e sabem ser crianças mesmo assim… Tem um talento para histórias bizarras, e mais bizarras ainda quando envolvem o outro sexo… Não gaurda mágos, rancores de ninguém... Sabe perdoar... Não espera muitas coisas das outras pessoas, mas espera tudo de si mesmo... Sofre de timidez aguda com desconhecido… Tem medo de ser reijeitado… Tem medo de falar alguma besteira… Tem medo de ser grande e libertar sua luz interior… Mas busca a coragem para superar tudo isso o tempo todo… Acredita na reciprocidade das coisas, mas sabe que cada um reage de maneira diferente… Sabe que cada um encara a vida, o amor, a amizade, a filosofia de maneira diferente e respeita o ponto de vista de todos… Tem a sua verdade individual e respeita a verdade de cada um… Acredita que respeito é a base de qualquer relacionamento… Acha sua família um dos maiores exemplos de vida… Tenta levar a vida leve e flexível, apesar de as vezes ser um pouco radical… Sim, pode parecer estranho mas ele é romântico… Mas acredita no romantismo do dia-a-dia, não dos falsos exageros… Odeia beijar uma garota sem saber ao menos o nome, e estranhamente o signo… Tenta viver o presente, pensando no futuro e aprendendo com o passado… Adora contar piadas e tirar sarro dos outros, mas não aceita muito bem quando é zoado… Não gosta de ser o centro das atenções… Se entusiama com facilidade... Não sabe expressar com perfeição o que sente... Tem dificuldade de colocar para fora os sentimentos... Tem dificuldade de elogiar quando está xavecando.. Acredita no xaveco apenas como uma boa conversa... Prefere crítica ao elogio… Se acha feio e desnteressante, mas isso anda melhorando ultimamente… É viciado em música… Odeia fumar e odeia beber que nem um ogro, mas ao mesmo tempo gosta das duas coisas, alivia o stress… Adora conversar assuntos com profundidade… É um pouco rabugento e reclamão… É bem humorado com alguns momentos de mau humor terrível… É confuso e algumas vezes indecisos… Odeia abusar dos outros, mas não liga de ser abusado… Gosta de deixar todos a vontade e que todos se sintam bem por perto… Tenta ser ético e seguir sua moral o tempo todo, se culpa quando isso não aocntece por alguma razão, principalmente pelo impulso… Fica chateado quando as coisas não saem do seu jeito… Se acha criativo mas não tem tanta convicção disso… Quer mudar o mundo, mas antes deseja mudar a si mesmo, crescer, evoluir, e fazer primeiro a sua parte com as pessoas mais próximas… Confia em si mesmo e nas outras pessoas… Acredita no ser humano acima de tudo… Tenta seguir um conselho que ouviu quando criança: A vida é muito importante para ser levada a sério…. Bom, já me alonguei demais…

Fui

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Uns matam, alguns espancam, outros ainda traem... mas tudo sempre por amor. Eu sequestro meus pensamentos e me torno refém dos mesmos diante das frases, situações, casos e acasos que me rompem ante minha face, meu dia-a-dia. Hoje é um descontrolado que, mártir no amor, encarcera sua desejada, maltrada, enloquece e comete o pecado. Amanhã pode ser eu, ou até mesmo você que lê, a cometer alguma insanidade por amor.
Pode passar pela sua cabeça que você trai porque não ama, ou porque ama tanto que não tem coragem de deixar essa pessoa, paralelamente com sua insatisfação com ela. Pode ser que você espanque porque sabe que ela nunca amará e isso te deixa tão impotente que sua vontade é de se espancar, mas não tem coragem. Pode até ser que a ame tanto que se descontrola, aponta uma arma na cabeça dela e simplesmente atira, imaginando que tal alma pertencerá à você e ficará contente e pleno em si de estar na cela solitária, você e a alma dela. Mal sabes que esta alma não lhe pertence, duvidamos até que sua própria alma te pertença mas mesmo assim é lúdico e um tanto saudável pensar que sim (sua alma te pertence) e você se conforta por ter feito tudo por amor.

O Amor está banalizado. Quanto mais eu conheço outras mulheres, quanto mais eu me apaixono, menos eu digo que amo. Meu medo de dizer tal palavra se sustenta nas crenças e princípios os quais defendo onde não basta dizer levianamente "Eu te Amo" esperando um espelho repetir tais palavras. Se novamente eu disser que amo alguém, não me supreenderei em não escutar a recíproca de volta instantaneamente: seu tempo de amar é diferente do meu e a graça no amor está exatamente nisso. A diferença do timing, a supresa da reação tanto do outro em suas palavras quanto das escutadas por você e ditas pelo outro, de forma completamente assíncrona. A arte de Amar não se encontra em matar por amor (independente da vítima), mas sim na surpresa do ato mais singelo de uma troca de olhar (esquecida antigamente na arte do flerte, do encontro, da paquera), em um sorriso besta quanto os rostos se cruzam, ou até mesmo com um afago repentino quando o outro está no ápice da concentração, independente da situação em que ela se encontra: afinal, carinho negado é capricho pobre/podre de quem o nega.

Amar é um gesto simples, extremamente simples, apesar da sua grandiosidade. Basta nos atentarmos aos pequenos detalhes. Afinal é o que sempre digo: são os pequenos detalhes que fazem a diferença.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

As pessoas são confusas. Têm um monte de problemas pra resolver todos os dias. E se não há problemas.. elas criam. Não sei se é por prazer igual sexo... ou se é por necessidade igual acasalamento.

Coisa de louco isso... criar problemas. Dificultar. Problematizar.

Estão sempre reclamando do calor, da correria, do trânsito, da bagunça na sua mesa.

Claro, imbecil... porque em vez de colocar uma roupa leve, você coloca um terno preto ou uma meia calça. Em vez de fazer tudo com calma.. você se afoba e faz tudo de uma vez. Em vez de ir de metrô, você prefere a comodidade do seu carro na marginal Tietê às 18. Em vez de tomar 5 minutos do seu tempo pra guardar as coisas na gaveta... você prefere dormir 5 minutos a mais de manhã.

Aí viram pra mim, sempre reclamando, dizendo que falta dinheiro, falta tempo, falta alguém pra confiar, faltam meias novas, falta amor, falta certeza. Nunca nada tá bem. Tá todo mundo pilhado o tempo todo. Todo mundo causando um grande problema, que é a perda de tempo, porque gostam de criar problemas para depois resolve-los e para depois criá-los de novo em uma proporção maior.

Aaahh.. me desculpem.. mas vão tomar bem no meio de vocês sabem onde.

Que tal simplificarmos de vez em quando?

Que tal, em vez de ficarmos horas pensando se queremos uma casquinha do mc donalds de baunilha ou de chocolate... peçamos uma mista?

Que tal terminar aquele namoro de 3 anos que você não agüenta mais logo... em vez de ficar pensando em tudo o que passou e que você vai perder?

Ah! Me irrita isso... problemas nunca foram bons pra mim. Começando pelos problemas de matemática no colégio. Nunca soube resolve-los com sucesso.

Agora vocês vêm e vomitam os seus problemas em mim como se eu e o mundo fossemos culpados por coisas que vocês inventam para tomar o tempo livre que lhes resta?

Continuem assim... aí quando vocês ficarem bem velhinhos, vão perceber que os problemas que vocês criaram no passado, vão causar disritmia, problemas no coração, problemas nervosos e até aquela doença feia que mata um monte de gente.

Aí vão cair na real e se arrependerão por terem perdido o simples da vida por conta dos problemas imundos e sem fundamento que criaram sabe-se lá por que.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

eu sempre me achei um pouco altruísta, mas hoje vejo que altruísmo e egoísmo andam de mãos dadas... porque normalmente você ajuda as pessoas em troca de alguma coisa... essa troca não é necessariamente de um favor, mas pode ser de um sentimento... você ajuda alguém  para se sentir bem, para se sentir uma pessoa melhor... nesse caso você não ajuda por ajudar, mas ajuda porque vai te fazer bem como pessoa, como ser humano.... faz bem para alma... as vezes penso que o altruísmo é um refúgio do egoísta para que ele se sinta menos egoismo em sua vida, e que com isso busque sua salvação... se é que ela existe...
olímpiadas... putz, esses jogos me tiram realmente o sono... tenho perdido poucas provas e muitas noites de sono... mas por que? porque eu gosto de ver as superações das pessoas... pode falar de dopping, dopping genético, ou qualquer porcaria do gênero, mas acredito que por trás disso existem pessoas, com sentimentos, anseios e vontades... e que força de vontade, diga de passagem... olha a natação, quantos recordes foram quebrados??? sim me emocionei vendo o tal do César Cielo chorando após conquistar o primeiro ouro da natação brasileira... mas por que??? torço por pessoas... sou anti nacinalismos, acho isso uma grande besteira... o mundo é um só... vivemos no mesmo planeta, essa história de fronteiras é balela, apenas para que exista uma divisão entre pobres e ricos... para que exista dominantes e dominados... o mundo é de todos, e essa história de nacionalismos imbecis foi criada pelos seres humanos intolerantes com as diferenças do próximo... jamais terei vergonha de dizer que no futebol torço pela Holanda, o país que revolucionou o futebol e graças a incompetências arbitrárias jamais conquistou uma copa do mundo... que torço para a atleta chinesa que faz 5 minutos de meditação e sai com olhos molhados após uma apresentação perfeita aos olhos de um leigo como eu... que me emociono com Michael Phelps que vibra todas susas vitórias como fosse o primeio ouro da sua vida... e que torço contra todos os arrogantes e escrotos que acham que são melhores que todos os outros e que por serem "melhores" menosprezam o esforço alheio... sim, realmente sou um cidadão do mundo e não um brasileiro, acredito em esforço, força de vontade, e não apenas no talento... talento ajuda, mas não é tudo, mas acima de tudo uma grande pessoa faz um grande atleta, que faz um grande mundo... e pode parecer superficial, mas é nisso que eu acredito... o mundo é o mesmo pra todos, por mais que acreditamos nas diferenças... acho que é isso, apesar do sono...

fui

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

eu sabia que o nome desse blog seria preciso como uma agulha coletando sangue intravenoso... tinha certeza que não seria apenas uma brincadeira sem fundamento... para exemplificar tamanha pontaria, vejamos o meu caso: 5:30 da manhã e ainda me mantenho de pé no trabalho depois de ter saído 4:30 da manhã do dia anterior... e como manter esse pique todo? cafeína é claro... como os deuses criaram essa tão maravilhosa e enérgica substância?? sinceramente não sei, mas posso afirmar que ela me mantém acordado durante muito tempo... e acima de tudo o seu consumo aumenta em P.G. a quantidade de merdas profanadas por mim durante seu efeito... o único defeito é que depois para eu conseguir dar aquele descanso demora... boa noite (ou bom dia) para vocês, enquanto eu dou mais um trago do meu café amarelando ainda mais o meu sorriso...

fui

domingo, 27 de julho de 2008

vai ser realmente bem piegas, mas hoje foi um dia feliz... relembrar os tempos de inconsequência e merdas do saudoso ócio... relembrar como era não ter preocupações com a vida ou não ter vergonha de se falar besteiras a valer... ter a  nostalgia de como era a vida numa época em que a única coisa que realmente se pensava era em viver... saudades disso, e um gosto de ter mais vezes esse resgate deste tempo insano que não volta, mas que podemos ter um gostinho as vezes... porque, a vida muda, as pessoas amadurecem, a responsabilidade aparece, mas a essência continua a mesma, e criança sempre ressurge...

cansei de falar e vou deixar Vinícius de Moraes fala um pouco por mim... nada como pessoas que sabem se expressar para dizer por nós aquilo que não conseguimos...

" Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor. Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários. De como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, trêmulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando 
comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! 
A gente não faz amigos, reconhece-os."

fui

sexta-feira, 25 de julho de 2008

vai um cafézinho aí?

3 horas da manhã, em algum café não determinado:

- boa tarde, senhor.

- boa tarde, moça simpática. por favor você poderia me trazer um cardápio.

- claro.

15 segundos depois.

- obrigado, deixa eu ver. você poderia me trazer um cafézinho, por favor?

- expresso ou com leite?

- virtual.

- ahn???

- virtual, oras.

- hein??? acho que esse não temos, senhor.

- to falando virtual.

- senhor, já disse que não temos esse.

- como não? é só acessar http://cafeinavirtual.blogspot.com

(cadê o som da bateria fazendo tutssssss?)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pra falar de você é preciso te conhecer como ninguém. Mas eu não conheço.

Pra entender você é preciso é preciso ir além da sabedoria. Mas eu não sei.

Pra conquistar você é preciso ser simples e ser muito mais que isso. Mas eu não sou.

É preciso ser os extremos e eu to sempre em cima do muro.

É preciso ter sensibilidade e olha só pra mim.

É preciso saber assumir os erros e o meu orgulho tá grande.

Não sou sua melhor amiga. Não estive presente nos melhores dias da sua vida. Não passei minhas férias de verão ao seu lado. Não comemorei uma vitória com contigo. Não sei o dia do seu aniversário. Não viajei com você. Não conheço sua família. Não sei se sua cor preferida é preta e também não sei se você prefere doce.

Mas eu sei da sua personalidade. Sei do seu mistério. Da sua dedicação. Da sua consideração. Da sua emoção. Da sua explosão. Da sua paixão e chega de rimar.

Sei o que te move.. o que te motiva... o que te irrita... sei porque sei.

Perguntei pra sua amiga que palavra te resumia.. e ela disse que a palavra era ‘solidariedade’.

Concordei imediatamente com isso. Além de tudo o que você já é.. você é mais. É o que ninguém mais nesse mundo sabe ser. É o que eu espero de todas as pessoas e nunca encontro. Você é solidária e sabe disse.. e você deve se orgulhar disso... e você tem todos os motivos do mundo pra ter esse orgulho. É o seu dom.. se é que posso chamar assim.

Não sei nada sobre ti, mas sei o que você é sem precisar dizer uma palavra pra mim. Sei porque vejo e porque sinto.

Rara. Única. Singular. Maravilhosa.

Pessoa que ninguém quer perder. Pessoa que faz com que os outros se orgulhem da amizade. Pessoa querida.

Querida... querida... e, no fundo, você sabe disso tudo, querida.