quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Existe uma linha tênue entre a sanidade e a loucura. Costumava dizer antes que quando alguém diz que está ficando louco é que ainda possui consciência suficiente para discernir isso. Portanto, não estava louco.
Mas e quando nos encontramos cara a cara com essa tal linha? E quando lutamos contra nós mesmos, aos prantos, para não perder o último resquício de controle e duramos mais alguns minutos caminhando ou dirigindo até encontrar um canto seguro e finalmente desabar? É auto-controle? É desespero? Ou é o limiar da sanidade a ser perdida?

Perder o controle é mais fácil do que parece. E quando aparece, você às vezes nota que está bem atrasado na hora de retomá-lo. Ele começou de leve, com um incômodo aqui e ali e passado algum tempo você percebe aquela angústia quase que permanente, não te deixando raciocinar, dormir ou encarar outras pessoas nos olhos. Perder a sanidade, mesmo que em surtos, é de repente você se entrar em coma durante alguns segundos no meio do caminhar para seu dia-a-dia. É errar o trajeto viciado para sua casa e começar a temer, tremer enquanto dirige. É ter medo de dormir no escuro quando está sozinho. Criança quando tem medo do escuro é louca, sua mente lúdica cria peças, fantasia, imagina, fazendo o pequenino delirar. Mas e quando sua mente não é mais tão lúdica e você dia após noite luta contra suas fantasias?

Poderia afirmar que hoje é fashion dizer que está louco: o mundo em crise, o trânsito caótico, bi-polaridade alheia, sequestro do amor, rasgar dinheiro... "Depressão, a doença do século XXI", diz a imprensa (especializada ou não). Tudo um grande monte de merda. Já vi gente louca algumas boas vezes, de perto e de longe: elas não falam que são loucas, elas agem. E isso vem bem antes do século virar.

A loucura está em nossas cabeças esperando para acordar...

domingo, 26 de outubro de 2008

inconsciência de mim...

Bom, não sou uma pessoa de falar muito de mim… Mas visto que todos conhecem apenas a máscara do Zo ou do Piruca venho aqui explanar um pouco do Fabio, que na verdade é a essência por trás desses 2 personagens popularmente conhecidos… Bom, primeiro o Fabio gostaria de deixar registrado aqui que por mais que não pareça ele é uma pessoa fechada, não gosta muito de falar de si, dos seus anseios, das suas vontades, dos seus sonhos, medos e angústias… Sim, ele é divertido, gosta de contar piadas, de falar merdas, mas isso não quer dizer que ele não seja sério e responsável… Adora ajudar as pessoas, mas não se sente a vontade de ser ajudado, prefere aprender sozinho ou tirar suas próprias conclusões… Jamais fala o que as pessoas querem ouvir e sim o que elas tem que ouvir… Prefere ser imparcial e ouvir os dois lados antes de opinar, e prefere que a pessoa conclua sozinha antes da sua opinião, porque por mais importante que seja sabe que ela é irrelevante, porque cada um sabe muito bem o que quer pensar e fazer… É introvertido e extrovertido ao mesmo tempo, gosta de ser sociável mas necessita de um tempo para si… Gosta de sofrer sozinho… Acha o silêncio uma das dádivas do grande espírito, e muitas vezes prefere calar do que jogar para o universo algo inconsistente… Não gosta de brigas e discórdias, preferem que as pessoas se resolvam do que fique aquele clima insuportável… Não consegue ficar mal com as pessoas… Adora ser exigido mas odeia ser cobrado, quando pressionado sempre espana… Superou quase inteiro seu complexo de inferioridade… É frustrado por não ter disciplina principalmete para tocar guitarra e fazer kung-fu.. É apaixonado por ocultismo e teosofia, e medita sempre que possível… Não acredita em paixão e acha que o amor é uma construção… É paradoxal, mas se apaixona e se desapaioxona 3 vezes por noite… Se ve alguma mulher que lhe interessa com outro desencana na hora… Não gosta de mulheres comprometidas… Não tem paciência para dramas… Acha joguinhos ridículos… Não suporta meninas, prefere as mulheres que são maduras, inteligentes, decididas e sabem ser crianças mesmo assim… Tem um talento para histórias bizarras, e mais bizarras ainda quando envolvem o outro sexo… Não gaurda mágos, rancores de ninguém... Sabe perdoar... Não espera muitas coisas das outras pessoas, mas espera tudo de si mesmo... Sofre de timidez aguda com desconhecido… Tem medo de ser reijeitado… Tem medo de falar alguma besteira… Tem medo de ser grande e libertar sua luz interior… Mas busca a coragem para superar tudo isso o tempo todo… Acredita na reciprocidade das coisas, mas sabe que cada um reage de maneira diferente… Sabe que cada um encara a vida, o amor, a amizade, a filosofia de maneira diferente e respeita o ponto de vista de todos… Tem a sua verdade individual e respeita a verdade de cada um… Acredita que respeito é a base de qualquer relacionamento… Acha sua família um dos maiores exemplos de vida… Tenta levar a vida leve e flexível, apesar de as vezes ser um pouco radical… Sim, pode parecer estranho mas ele é romântico… Mas acredita no romantismo do dia-a-dia, não dos falsos exageros… Odeia beijar uma garota sem saber ao menos o nome, e estranhamente o signo… Tenta viver o presente, pensando no futuro e aprendendo com o passado… Adora contar piadas e tirar sarro dos outros, mas não aceita muito bem quando é zoado… Não gosta de ser o centro das atenções… Se entusiama com facilidade... Não sabe expressar com perfeição o que sente... Tem dificuldade de colocar para fora os sentimentos... Tem dificuldade de elogiar quando está xavecando.. Acredita no xaveco apenas como uma boa conversa... Prefere crítica ao elogio… Se acha feio e desnteressante, mas isso anda melhorando ultimamente… É viciado em música… Odeia fumar e odeia beber que nem um ogro, mas ao mesmo tempo gosta das duas coisas, alivia o stress… Adora conversar assuntos com profundidade… É um pouco rabugento e reclamão… É bem humorado com alguns momentos de mau humor terrível… É confuso e algumas vezes indecisos… Odeia abusar dos outros, mas não liga de ser abusado… Gosta de deixar todos a vontade e que todos se sintam bem por perto… Tenta ser ético e seguir sua moral o tempo todo, se culpa quando isso não aocntece por alguma razão, principalmente pelo impulso… Fica chateado quando as coisas não saem do seu jeito… Se acha criativo mas não tem tanta convicção disso… Quer mudar o mundo, mas antes deseja mudar a si mesmo, crescer, evoluir, e fazer primeiro a sua parte com as pessoas mais próximas… Confia em si mesmo e nas outras pessoas… Acredita no ser humano acima de tudo… Tenta seguir um conselho que ouviu quando criança: A vida é muito importante para ser levada a sério…. Bom, já me alonguei demais…

Fui

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Uns matam, alguns espancam, outros ainda traem... mas tudo sempre por amor. Eu sequestro meus pensamentos e me torno refém dos mesmos diante das frases, situações, casos e acasos que me rompem ante minha face, meu dia-a-dia. Hoje é um descontrolado que, mártir no amor, encarcera sua desejada, maltrada, enloquece e comete o pecado. Amanhã pode ser eu, ou até mesmo você que lê, a cometer alguma insanidade por amor.
Pode passar pela sua cabeça que você trai porque não ama, ou porque ama tanto que não tem coragem de deixar essa pessoa, paralelamente com sua insatisfação com ela. Pode ser que você espanque porque sabe que ela nunca amará e isso te deixa tão impotente que sua vontade é de se espancar, mas não tem coragem. Pode até ser que a ame tanto que se descontrola, aponta uma arma na cabeça dela e simplesmente atira, imaginando que tal alma pertencerá à você e ficará contente e pleno em si de estar na cela solitária, você e a alma dela. Mal sabes que esta alma não lhe pertence, duvidamos até que sua própria alma te pertença mas mesmo assim é lúdico e um tanto saudável pensar que sim (sua alma te pertence) e você se conforta por ter feito tudo por amor.

O Amor está banalizado. Quanto mais eu conheço outras mulheres, quanto mais eu me apaixono, menos eu digo que amo. Meu medo de dizer tal palavra se sustenta nas crenças e princípios os quais defendo onde não basta dizer levianamente "Eu te Amo" esperando um espelho repetir tais palavras. Se novamente eu disser que amo alguém, não me supreenderei em não escutar a recíproca de volta instantaneamente: seu tempo de amar é diferente do meu e a graça no amor está exatamente nisso. A diferença do timing, a supresa da reação tanto do outro em suas palavras quanto das escutadas por você e ditas pelo outro, de forma completamente assíncrona. A arte de Amar não se encontra em matar por amor (independente da vítima), mas sim na surpresa do ato mais singelo de uma troca de olhar (esquecida antigamente na arte do flerte, do encontro, da paquera), em um sorriso besta quanto os rostos se cruzam, ou até mesmo com um afago repentino quando o outro está no ápice da concentração, independente da situação em que ela se encontra: afinal, carinho negado é capricho pobre/podre de quem o nega.

Amar é um gesto simples, extremamente simples, apesar da sua grandiosidade. Basta nos atentarmos aos pequenos detalhes. Afinal é o que sempre digo: são os pequenos detalhes que fazem a diferença.